29 agosto, 2002

Abstração de Angelita.. ou seria um palpite ??? heheh

" Para mim penetração é o ápice, e ponto! Mas, eu adoro preliminares,
carinho, aconchego, beijo, toque, calor, olho no olho, sorrisos
abafados, suspiros, silêncio, palavras explícitas... adooooro! É
claro que há momentos em que a fissura é tão grande que as
preliminares se tornam dispensáveis, mas isso é a excessão, e não a
regra. Quanto a masturbação, para mim é substitutivo mesmo, algo que
faço quando não há a possibilidade do sexo a dois, é legal, é
prazeroso, mas é só isso e nada mais.

Em geral o orgasmo "solitário" e de origem mental, advindo do
sonho/fantasia erótica, ocorre naqueles momentos em que minha libido
está mais aguçada, quando estou fértil por exemplo. O pensar no homem
que é meu "objeto de desejo", no encontro sexual, é isso e mais a
sensibilidade à flor da pele que possibilita a emergência dessa
generosidade orgásmica. O que revela a dependência que nossa
sexualidade tem de um outro alguém para se expressar. Sexo é outro
papo, é encontro, troca, sou romântica, romântica, gosto de sexo com
amor, para mim esse é o melhor afrodisíaco de todos os tempos! E o
que chamo de amor não é amizade, não é arrebatamento estético, não é
tesão, não é projeção romântica... pode ser tudo isso, mas é muito
mais do que isso.

Quanto aos homens, gosto das idéias, da força, do calor, das
diferenças anatômicas... o pênis é uma parte muito boa dos homens, a
penetração é uma necessidade atávica, biológica, orgânica mesmo, é
tudo de bom! Além disso a penetração dá uma sensação de proximidade,
junção, completude que acho inigualável. Ao contrário de você não
acho que o meu melhor toque é o meu, depende muito, em algumas
situações sim, em outras não, já descobri coisas maravilhosas sobre o
meu corpo pelas mãos de um homem. O que sei é que, para mim, faz todo
o sentido uma plena sensação de que há algo que encaixa perfeitamente
entre mulheres e homens, algo que é natural, eterno, inconfundível.
As vezes penso que nos esquecemos disso, talvez venha daí a falta de
sincronia, mas esse é um arranjo que depende das duas partes, nenhum
de nós, homens ou mulheres, temos o segredo dos ponteiros do relógio.
Cada casal, penso eu, deve construir junto seu "marcador de tempo", e
essa "construção" pode mesmo incluir a descoberta de que "marcar o
tempo" é plenamente dispensável.

Seja o que for, penso que deve ser a dois, sem transferir a
responsabilidade para o outro. Em sexo, como em toda relação entre
pessoas, sempre acho que aprendemos mais sobre nós mesmos na
interação com o outro do que encerrado em nossas próprias certezas.
Mas, isso é só um palpite...Rs! "

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