11 dezembro, 2002

interessante, verdadeiro.

Nós sempre vemos a vida como nos agrada. Isto eh, sempre desejamos viver todas as coisas boas, rejeitando as ruins e , aos domingos, fazemos salamaleques aas divindades, apaziguando nossas consciencias sempre pesadas, exatamente porque estamos divididos entre o que eh aconselhavel fazer e o que fazemos. Se nao me engano foi Sao Paulo que disse algo parecido. Isto eh o pensamento_chave de controle social. A culpa eh uma companheira constante e nos arrastamos pela absolviçao ou por palavras que satisfaçam o nosso ego, a nossa mente.
Encarar a coisa de frente, solitariamente, sem a concordancia de ninguem, eh para apenas alguns poucos loucos.
E isto nao significa nada. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Aceitar a morte e todas as coisas ruins que nos acontecem eh o contrapeso da aceitaçao das coisas boas e da vida em si.
No vejo a possibilidade de escapar de nada, dai que prefiro viver apenas no aqui e no agora.
Considero a vida, do nascimento aa morte, tendo uma necessidade de ser preenchida. Eh apenas a passagem por uma ponte, de um lado e do outro apenas o incognoscivel.
Para encerrar, e com exultaçao, repito um verso de Leconte de Lisle, um, hoje, desconhecido poeta frances:
Livrai-nos do tempo, do numero e do espaço; e devolvei-nos a paz que a vida perturbou.
Nao eh ser louco?

desconheço a autoria

Nenhum comentário: