31 outubro, 2002

AUSENTE
Jurandir Argôlo



tua ausência me rouba o sossego

chove em mim saudades

verbaliza no meu coração

a contramão que incita o desejo



hoje, o sol não brilha

e com tu, se esconde

para não levar- te meus aflores

em claros e vertentes anseios

esvaziando assim meus meios



tua ausência me gela

sobressalta meus versos de amor

brincando de talvez com ardor

que espelha, mas, não reflete



hoje, a lua não trilha

e como tu, apenas voyeuriza

pela fechadura à distância

me fazendo desejar como na infância

o colo e o amamento do seio

de ti a preencher o meu veio

por ora faminto e sonhador

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