24 julho, 2002

DECEPÇÃO

Devagar assim é que me bate
como vento traiçoeiro e repentino
um desconforto no peito que me abate
uma tristeza que me deixa qual menino
e entra sorrateira e dilacera
e toda solidão é o que sinto
um ocaso maldito que assevera
a minha dor e me rouba o instinto
decepção é o que grita a minha alma
decepção que me mata e me corrói
o balançar da estrutura da certeza
Ah Deus que eu guarde com avareza
esta pobre fé dúbia como a alva
que nem clareia o tempo e me destrói

JANSEY FRANÇA

Nenhum comentário: